As mudanças lingüísticas estão diretamente ligadas às mudanças sociais, quando uma sociedade muda porque recebeu muitos imigrantes, ou porque houve mudanças tecnológicas, científicas e políticas relevantes, a tendência é que ocorram também mudanças lingüísticas.
Marcos Bagno, faz uma observação interessante a respeito das muddanças lingüísticas quando diz:
"As línguas não se desenvolvem, não progridem, não decaem, não evoluem, nem agem de acordo com nenhuma das metáforas que implicam um ponto final específico ou um nível de excelência. Elas simplesmente mudam, como as sociedades mudam. Se uma língua morre é porque seu status na sociedade se alterou, na medida em que outras culturas e línguas a sobrepujaram: ela não morre porque "ficou velha demais" ou porque "se tornou muito complicada", como às vezes se pensa. Também não se deve pensar que, quando as línguas mudam, elas o fazem numa direção predeterminada. Algumas estão perdendo flexões; outras estão ganhando. Algumas estão se fixando numa ordem em que o verbo precede o objeto; outras, numa ordem em que o objeto precede o verbo. Algumas línguas estão perdendo vogais e ganhando consoantes; outras fazem o oposto. Se formos usar metáforas para falar da mudança lingüística, uma das melhores é a de um sistema que se mantém num estado de equilíbrio, enquanto as mudanças ocorrem dentro dele. Outra é a da maré, que sempre e inevitavelmente muda, mas nunca progride, enquanto flui e reflui."
25 de nov. de 2008
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